Em termos de ameaças digitais, 2007 foi marcado pela infame botnet Storm Worm, responsável por uma boa parte do spam enviado. Para além do spam, a Storm também foi a responsável por várias infecções e utilizada em vários ataques a servidores.
Mas… Mudam os tempos, mudam as botnets ( "muda-se o ser, muda-se a confiança. Todo o mundo é composto de mudança" [1]). 2008 será o ano da Mega-D – ou, pelo menos, está a ser. Esta rede de computadores zombies é, de acordo com a empresa de segurança digital Marshal, responsável, para já, por 32% do spam enviado, enquanto a Storm conta apenas com 21%.
Como a Mega-D está a crescer, os seus – ou o seu?! – criadores equiparam-na com alguns sistemas de defesa contra detecção, como a capacidade de detectar quando estão a ser executadas em máquinas virtuais. Outra das capacidades da botnet é poder utilizar um sistema P2P para se difundir, tornando a sua total eliminação bem mais difícil.
Para se espalhar, a Mega-D envia emails com links para sites que, para quem os recebe, parecerá de alguma rede social. Essa link, quando clicada, enviará o utilizador para um site que lhe pedirá para actualizar o Flash para ver os conteúdos. Quando o utilizador "actualiza", fica infectado e o seu computador torna-se num zombie. Mas o curioso é que o utilizador acaba mesmo por ver o conteúdo que necessitava de um suposto upgrade ao Flash.
Para evitarem que o vosso computador se torne num zombie, não cliquem em tudo o que é link, não partam do principio que todos os emails que os desconhecidos vos enviam são seguros, utilizem sistemas realmente seguros e, acima de tudo, não reenviem toda a porcaria com powerpoints e outras tralhas que recebem no vosso email a todos os vossos contactos.
Fonte: Arstechnica.com
[1] Parte de um poema da autoria do ilustre Luís Vaz de Camões