Os defensores da privacidade e os cidadãos europeus tiveram uma vitória com a recente decisão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias no caso que opunha a Promusicae (Associação de Editores e Produtores de Música) contra a Telefónica de España (o maior ISP de Espanha).
A Promusicae, possivelmente como forma (ridícula) de combater os downloads ilegais de música, queria que a Telefónica de España divulga-se a identidade dos utilizadores que partilham músicas no KaZaA. O ISP não acedeu e a associação levantou um processo judicial em terras de Nuestros Hermanos.
A justiça espanhola requereu a arbitragem do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, que decidiu que as identidades dos utilizadores só devem ser reveladas nos processos criminais e não em processos civis. Mas deixou em aberto a possibilidade de um governo europeu poder permitir a revelação dos dados em processos civis.
Em jeito de off-topic:
Enquanto escrevia este texto, recebi um alerta por email do site destakes.com que me remeteu para um artigo publicado no ciberia.aeiou.pt sobre este assunto, com o seguinte título: «Mais difícil identificar "piratas" da web». Eu pergunto: mas que raio de título é este? Porque não um título como "Privacidade online dos europeus está mais protegida"? Até porque é isso que está em causa, não é meus senhores?
Talvez seja altura dos media deixarem de ligar à contra-informação destes lobbies.
via ArsTechnica
O cabeçalho da notícia revela é que a actividade jornalística tal como a idealizamos está a desaparecer. Em seu ligar pedem-se pessoas dispostas a escrever e editar as notícias encomendadas que os gabinetes de comunicação preparam (muitas das vezes as multinacionais são os proprietários dos órgãos de comunicação social. Na actualidade, os jornais não precisam de jornalistas, mas sim de escriturários. Por cada jornalista em Portugal há um rácio de dois empregos em firmas de marketing e promoção.
cumprimentos